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Para você, comprar é lógico?
Quando pensamos em decisão de compra, imaginamos um processo lógico, quase matemático: o consumidor identifica uma necessidade, pesquisa opções, compara preços, analisa os prós e contras e, por fim, escolhe a melhor alternativa. Na prática, porém, esse processo está longe de ser tão racional.
A verdade é que nossas decisões de consumo são fortemente influenciadas por emoções, experiências anteriores, contextos sociais e até pelo estado de espírito no momento da compra. Um consumidor cansado, por exemplo, pode optar por um produto mais caro simplesmente porque está em uma embalagem mais fácil de abrir.
A maioria dos consumidores não processa todas as informações disponíveis antes de tomar uma decisão. Eles recorrem a atalhos mentais (heurísticas) para decidir de forma mais rápida, mesmo que isso signifique não fazer a escolha “perfeita”.
Para as empresas, isso significa que a forma como a informação é apresentada pode ser tão importante quanto o produto em si.
Entender como o consumidor escolhe o que comprar é essencial para criar estratégias mais eficazes. Por trás de cada decisão, há uma combinação de fatores que envolvem informações, emoções, limitações cognitivas e atalhos mentais.
A seguir irei citar alguns fatores que influenciam nas decisões do consumidor:
O consumidor lida com múltiplas alternativas, cada uma com diversos atributos, nem sempre fáceis de comparar. Quanto mais atributos e incertezas, mais difícil é decidir.
O consumidor está imerso em um ecossistema informacional vasto e variado. Ele é influenciado por fontes comerciais (como anúncios e embalagens), fontes independentes (como reviews e revistas), referências sociais (amigos e familiares) e até por experiências anteriores. Muitas vezes, a informação é recebida de forma fragmentada e em momentos diferentes, o que desafia a memória e a capacidade de organização. Por isso, o design e a clareza da informação de um produto faz toda a diferença.
Nem toda decisão de compra é igual. A importância da decisão, o tempo disponível e a forma como as opções são apresentadas alteram profundamente o comportamento do consumidor. Quando há pressa, por exemplo, ele tende a usar menos critérios e a se apoiar mais em impressões gerais. Já em compras mais relevantes, o nível de análise tende a ser maior, mas ainda assim sujeito a simplificações cognitivas.
Cada pessoa tem seu próprio repertório de conhecimentos, experiências e limitações cognitivas. A capacidade de processar informações é limitada, e o cérebro humano geralmente não consegue lidar com todos os dados disponíveis ao mesmo tempo. Por isso, recorremos a heurísticas (atalhos mentais) que facilitam a tomada de decisão, economizando tempo e esforço. Pessoas mais experientes com conhecimento prévio em determinada categoria, tendem a tomar decisões mais rápidas e eficazes.
O ambiente onde a escolha é feita pode facilitar ou dificultar o processo. Quando as alternativas são muito parecidas, por exemplo, a tendência é focar nos pequenos detalhes ou eliminar opções precocemente. Já quando uma opção se destaca claramente, ela tende a ser escolhida sem grande comparação. Além disso, o número de opções, a qualidade percebida e o modo de apresentação impactam diretamente o resultado da decisão.
Diante de tantas informações, os consumidores não comparam tudo. Em vez disso, usam heurísticas (estratégias simples) que ajudam a tomar decisões rapidamente. São práticas e refletem a forma como o cérebro economiza energia cognitiva.
Existem dois tipos principais de heurísticas: as baseadas em alternativas (avaliam o todo) e as baseadas em atributos (comparam item por item).
Essas estratégias olham cada opção como um todo:
👉 Exemplo: ao escolher um notebook, a pessoa avalia desempenho, bateria, design e preço, atribui notas e escolhe aquele com melhor média ponderada.
👉 Exemplo: alguém precisa de um tênis para correr e compra o primeiro que tem bom amortecimento e está com preço justo, sem comparar muito.
👉 Exemplo: ao comparar dois celulares, a pessoa lista os pontos positivos e negativos de cada um e fica com o que tiver mais itens positivos.
👉 Exemplo: na hora de comprar um carro, a pessoa avalia itens como consumo, espaço, cor, e soma as notas igualmente para decidir.
Essas estratégias comparam as opções um atributo por vez:
👉 Exemplo: ao escolher um restaurante, a pessoa escolhe com base no sabor. Se dois são igualmente bons, ela escolhe o mais barato, indo para o atributo de preço.
👉 Exemplo: ao comprar uma geladeira, a pessoa exige que tenha no mínimo 400L. Elimina todas abaixo disso, depois aplica o mesmo critério para preço e consumo de energia.
👉 Exemplo: comparando dois celulares, o primeiro ganha em câmera e bateria, o segundo ganha só em tela. Então, o primeiro celular é mantido para nova comparação.
👉 Exemplo: sempre compra a mesma marca de sabão em pó porque já está acostumado.
👉 Exemplo: escolhe um chocolate que traz boas memórias da infância, mesmo que existam outros melhores ou mais baratos.
👉 Exemplo: primeiro elimina as opções mais caras (EBA), depois compara o restante pelos atributos mais relevantes (WADD).
Entender como o consumidor toma decisões ajuda as empresas a interpretarem melhor os resultados das pesquisas de satisfação. Quando você conhece as heurísticas usadas pelo seu cliente, se ele escolhe por hábito, se compara atributos ou se se guia por uma boa experiência passada, fica mais fácil saber o que realmente influencia a percepção dele sobre sua marca ou produto.
Por exemplo: se muitos clientes estão escolhendo sua empresa por hábito, uma falha pontual pode custar a preferência deles. Se o foco está no preço ou atendimento, esses atributos precisam estar bem avaliados na pesquisa.
Pesquisas bem estruturadas ajudam a identificar quais critérios são mais importantes para os seus clientes e como eles estão tomando suas decisões. Com essas informações em mãos, sua empresa pode ajustar estratégias, melhorar a experiência e aumentar a fidelização.
No fim, decifrar a mente do consumidor é também ouvir, analisar e agir com inteligência sobre os dados que ele te fornece.
Autor: Maria Fernanda
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