Vivemos na era dos dados e, por esse motivo, já estamos acostumados a responder inúmeras pesquisas. Esse aumento do volume…
Um framework, ou estrutura metodológica, é um conjunto organizado de conceitos e práticas que servem como referência para solucionar problemas complexos. Sua principal vantagem é a capacidade de facilitar a tomada de decisões, economizando tempo e recursos. A análise SWOT é um exemplo conhecido de framework.
Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, a capacidade de transformar dados em insights acionáveis se tornou um enorme diferencial. Neste artigo, vamos conversar sobre como o framework de Learning Agenda pode potencializar a análise do NPS, convertendo o feedback dos clientes em estratégias de negócio concretas e lucrativas.Segundo um estudo da McKinsey & Company, empresas que baseiam suas decisões em dados têm 23 vezes mais chances de adquirir clientes, 6 vezes mais chances de retê-los e 19 vezes mais chances de ser lucrativas. No entanto, muitas organizações ainda lutam para transformar seus dados em ações concretas.
"Não são os dados em si que criam valor, mas as decisões que você pode tomar com eles."
- Thomas H. Davenport, autor de "Competing on Analytics"
Portanto, ao fazermos uma análise de dados, precisamos garantir que os dados se transformem em insights de negócio. É nesse contexto que o framework de Learning Agenda pode se tornar uma importante ferramenta para transformar métricas centrais para as organizações, como o NPS, em ações estratégicas. Para melhor explorar as possibilidades do framework, vamos desenvolver juntos um caso prático.
Desafio: Vamos imaginar que você é um analista de negócios na Solvis e trabalha com uma grande rede de varejo, que possui lojas em todo o país. A diretoria da varejista estabeleceu uma meta ambiciosa: aumentar o NPS médio de 32 para 50 nos próximos 12 meses, com um orçamento de R$1 milhão para iniciativas que melhorem a experiência do cliente.
Este é um grande desafio, certo? Para encará-lo de maneira ordenada, o Learning Agenda servirá como guia para as nossas análises, nos mantendo focados no objetivo principal do negócio sem se perder em um mar de dados.
Primeiro, começamos colocando o objetivo de negócio no topo. Todos os dados que veremos a partir de agora devem estar conectados diretamente com o objetivo de negócio. No nosso caso, poderíamos escrevê-lo assim:
Objetivo de negócio: Aumentar o NPS médio da rede varejista de 32 para 50 em 12 meses, identificando e implementando melhorias na experiência do cliente com um orçamento de R$1 milhão. O objetivo dessa análise é identificar quais ações podemos fazer e onde devemos agir.
Na segunda parte, vamos fazer um brainstorming de ideias e começar a criar perguntas para conseguirmos os dados corretos. Não existe necessariamente uma maneira certa ou errada de criar essas perguntas, mas é extremamente importante que elas estejam conectadas com o objetivo de negócio.
Um exemplo de pergunta que poderia vir a mente seria:
Qual é a distribuição atual do NPS em diferentes regiões?
Vamos focar nas principais regiões que temos. Dado que nosso orçamento é de apenas R$1 milhão de reais, nós sabemos que não podemos investir em todas as regiões em um primeiro momento e que precisamos priorizar nossos esforços.
E é aqui que está o pulo do gato de qualquer análise: é preciso perguntar “Tá, e daí?”. É respondendo essa pergunta que poderemos criar todos os nossos insights de negócios:
Isto é, perguntar-se “o que o varejista pode fazer com essa informação?”, “quais ações estratégias eles podem desenvolver baseados nesses dados?”
Ao pensarmos dessa forma, percebemos que ao saber quais são as regiões com menor NPS, podemos identificar oportunidades significativas de melhoria nessas regiões e não desperdiçar nosso orçamento em regiões que já possuem um NPS alto. Isso irá beneficiar nosso retorno no investimento.
Antes de partirmos para a segunda pergunta, organizamos nossa primeira questão da seguinte forma:
1) Qual é a distribuição do NPS da varejista entre diferentes regiões do BR?
Relacionado ao objetivo do negócio: identificar regiões com baixo NPS pode direcionar nossas ações e aumentar o retorno sobre o investimento.
Agora vamos seguir. Uma segunda pergunta que pode surgir em nosso brainstorming, é:
2) Quais fatores estão mais relacionados com altos índices de NPS?
Para essa segunda questão, se nos perguntamos “Tá, e daí?”, poderíamos perceber que ao descobrirem os fatores mais fortemente correlacionados com altos índices de NPS os varejistas podem agir sobre esses fatores, especialmente nas regiões que têm menores notas de NPS.
A resposta para a nossa segunda questão ficaria da seguinte forma:
Relacionado ao objetivo de negócio: identificar os fatores que mais influenciam o NPS ajuda a priorizar ações específicas a serem tomadas sobre esses fatores, e direcionar o investimento para pontos que retornarão os maiores resultados, em menor tempo.
Seria possível criarmos a segunda visualização:
Com base nas nossas duas primeiras análises, já é possível perceber que devemos focar na Região Norte, que possui um menor NPS e sugerimos treinamentos especializados em atendimento ou tecnologias para redução no tempo de espera nos caixas, já que esses são os dois fatores que mais influenciam no NPS do nosso varejista.
Essa já seria uma boa maneira de indicar quais ações podemos tomar e onde. Mas podemos explorar ainda um pouco mais a informação. Vamos imaginar que você compartilhou esses resultados com o varejista e ele elencou uma série de custos de implementação para diferentes iniciativas que você sugeriu.
Entre as iniciativas estão:
Com base nessas novas informações, uma terceira pergunta que poderia vir em nosso brainstorming seria:
3) Onde estão as maiores oportunidades de melhoria, considerando o impacto potencial e o custo de implementação?
Essa pergunta precisa de uma métrica. Nesse caso, vamos utilizar a correlação com NPS que vimos anteriormente como ‘impacto’. Qual seria o “Tá, e daí?” neste caso? Ao saber quais das atitudes sugeridas para os principais problemas e quais o seu custo, podemos priorizar aqueles que oferecem melhor equilíbrio entre alto impacto e custo mais atrativo. Podemos priorizar o investimento do varejista por custo-benefício.
A resposta para a nossa pergunta ficaria da seguinte forma:
3) Onde estão as maiores oportunidades de melhoria, considerando o impacto potencial e o custo de implementação
Relacionado ao objetivo de negócio: não queremos perder nosso investimento em ações caras e que trazem pouco impacto por que isso pode prejudicar nosso objetivo. Ao invés disso, focamos em ações que tragam o maior impacto com o menor custo.
Agora, nossa recomendação poderia ser a de que devemos priorizar a renovação das lojas, programas de fidelidade e um sistema de filas inteligente para obtermos o maior custo-benefício no aumento do NPS, e que devemos começar pela região Norte. Como resultado, esperamos aumentar significativamente o NPS médio, melhorar a consistência da experiência do cliente e potencialmente aumentar o faturamento através da maior satisfação e lealdade dos clientes. Além de, é claro, otimizar a alocação do orçamento.
Ao utilizar o framework da Learning Agenda, você pode ter percebido que cada pergunta que fazemos se baseia na pergunta anterior. Como resultado disso, somos guiados naturalmente pelos dados até o objetivo de negócio.
Essa é uma abordagem importante para gerar insights de negócio que sejam realmente acionáveis e de valor com base em dados. Ao aplicar o framework de Learning Agenda, transformamos dados brutos em estratégias claras.
Para empresas que desejam adquirir insights acionáveis a estratégias rentáveis a partir da satisfação do cliente, a Solvis oferece soluções especializadas em mensuração e análise de NPS em tempo real. Nosso time de analytics está pronto para gerar os insights que sua empresa precisa para crescer. Agende uma demonstração!
Autor: Ícaro Garbuio
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