O Mapa das Gerações: Da Geração beta aos baby boomers

As gerações etárias carregam consigo complexidades diferentes. Enquanto algumas são caracterizadas pela natividade digital, outras preferem a tradição e têm costumes mais conservadores. Entender essas nuances de decisão ajuda na criação de estratégias mais assertivas, desde o desenvolvimento de produtos até a melhoria da experiência de compra de ponta a ponta.

Neste artigo vamos explorar algumas dessas gerações e seus comportamentos, conforme revelado em alguns estudos:

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Geração Beta: Mergulhando no Universo da IA

A Geração Beta, formada por crianças nascidas entre 2025 e 2050, representará a primeira geração completamente moldada por tecnologias de ponta desde o nascimento. Filhos de millennials e da Geração Z, os Betas crescerão em um ambiente onde a inteligência artificial, a automação e a conectividade contínua serão ferramentas e extensões naturais do cotidiano.

Diferente de gerações anteriores que precisaram se adaptar às novas tecnologias, os Betas serão nativos de um mundo onde algoritmos preveem preferências antes mesmo de serem expressas, onde assistentes virtuais acompanharão desde os primeiros passos até os processos de aprendizagem, e onde casas, escolas e cidades serão inteligentes por padrão. Seus brinquedos, livros e até mesmo os vínculos sociais serão mediados ou potencializados por IA.

Além disso, essa geração crescerá com pais acostumados a compartilhar todos os aspectos de suas vidas nas redes sociais, o que pode gerar uma relação ainda mais complexa com privacidade, identidade e imagem pública. Desde o ultrassom até os primeiros passos, os Betas poderão ter um arquivo digital detalhado de sua vida antes mesmo de saberem falar.

A Força Jovem e o Futuro Digital: Geração Z e Geração Alpha 

A Geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1994 – 2009, tornou-se um dos principais focos de atenção para marcas de diversos setores. Além de ditarem o rumo do consumo, influenciam o ativismo, expressando atenção em seus principais canais de influência. Valorizam a independência e a busca de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Embora sejam nativos digitais, um levantamento revelou que os millennials e a geração Z ainda têm uma ligação importante com as lojas físicas, tornando-as assim uma extensão da experiência digital. Isso reforça a necessidade de integrar os canais e proporcionar uma experiência omnichannel fluida.

Essa geração Z convive com a Geração Alpha, nome dado aos nascidos entre 2010 e 2024. Com acesso a smartphones e à internet desde pequenos, sabem, por exemplo, recorrer ao Google para tirar dúvidas e buscar informações sem ajuda. A maior parte dessa geração atual é composta por filhos dos millennials. A proximidade com a tecnologia é um dos grandes fatores que vai diferenciar uma geração da outra. A Geração Alpha nasceu na tecnologia e muitos deles viveram um período de homeschooling durante a pandemia, o que moldou seu comportamento. 

Os Millennials ou também conhecidos como geração Y: Conectados e em Transição

Nascidos entre 1979 – 1993, os millennials têm como característica o desejo de começar uma família mais tarde. Assim como a Geração Z, mantêm uma ligação importante com as lojas físicas, vendo-as como uma extensão da experiência digital.

A Geração Y, também conhecida como Millennials, é caracterizada por pessoas que são individualistas, ambiciosos e instáveis. Eles tendem a se preocupar com o meio ambiente, práticas sustentáveis e os direitos humanos. Essa geração busca formação acadêmica para melhorar seu currículo, destacando uma tendência a iniciar a carreira sem uma educação superior formal, mas com a intenção de evoluir educacional e profissionalmente

Geração X: A Ponte entre o Analógico e o Digital 

A Geração X é formada por pessoas nascidas entre  1965 e 1978. Essa geração cresceu em um período de mudanças, como o avanço da tecnologia e transformações sociais. Diferente das gerações anteriores, que muitas vezes focavam intensamente em carreiras longas em uma única empresa, a Geração X costuma ser mais cética em relação a instituições e opta por desenvolver uma gama diversificada de habilidades para se ajustarem ao mercado de trabalho em constante mudança. Eles são considerados independentes e geralmente manejam bem tanto o trabalho em equipe quanto o individual.

Diferentemente das gerações anteriores citadas, inseridas fortemente no mundo digital, a Geração X aprendeu a adaptar-se às tecnologias já na vida adulta, o que fez com que desenvolvessem uma relação híbrida com esses dois mundos. Eles tendem a valorizar a tangibilidade do físico, como reuniões presenciais, livros impressos e relações interpessoais diretas, mas também sabem navegar no ambiente digital e reconhecem sua importância prática e profissional.

O Poder Econômico e Social dos Baby Boomers

Nascidos entre 1946 – 1964, os Baby Boomers, conhecidos por um súbito aumento na taxa de natalidade e por serem a primeira geração a crescer em frente à TV, representam uma significativa parcela demográfica, detendo assim um grande poder de compra. Segundo Data8, FDC, em 2024, o mercado de produtos e serviços voltados para o público com 50 anos ou mais movimenta cerca de R$ 2 trilhões anuais no Brasil e, globalmente, chega a US$ 15 trilhões.

Por isso, é essencial que o mercado atente para este público e comunique-se de forma adequada com eles. No entanto, o estudo também mostrou que 77% dos indivíduos com 50 anos ou mais sentem que as pessoas retratadas em propagandas são muito diferentes deles, destacando uma clara oportunidade para aumentar a representatividade e conexão.

Segundo informações divulgadas em uma entrevista sobre gerações, realizada pelo Jornal Meio e Mensagem, economicamente e socialmente, essa geração continua a desempenhar um papel vital. Cerca de 50% dela sustenta os filhos e  seus pais, assumindo um papel muito ativo.

Enquanto as novas gerações estão ascendendo, o mundo enfrenta uma inversão na pirâmide etária. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, uma em cada seis pessoas no mundo terá 60 anos ou mais. Além disso, o número de pessoas com mais de 80 anos deve triplicar até 2050.

Quadro de Gerações e suas principais características 

Convergências e Estratégias de Conexão

Embora as diferenças geracionais existam e sejam importantes notar, há também pontos de convergência. Observa-se que, conforme vivenciamos diferentes crises (ambientais, econômicas, profissionais), os sentimentos e as motivações vão ficando cada vez mais parecidas entre as gerações, tornando as diferenças talvez um pouco mais sutis.

Para as empresas, o desafio é ser o mais “transversal” possível. Sua proposta de valor e atuação devem conseguir se conectar de maneira genuína com diferentes gerações sem demandar adaptações excessivas. A experiência do consumidor, seja em lojas físicas ou online, é um fator determinante para qualquer grupo geracional.

Conclusão

O comportamento do consumidor é multifacetado e a idade é apenas uma das lentes pelas quais podemos compreendê-lo. No entanto, entender as características predominantes de cada geração, desde os nativos digitais da Geração Z e Alpha até o crescente e economicamente poderoso público 50+, é fundamental para criar experiências de cliente relevantes e personalizadas.

É crucial estar atento aos estereótipos e à influência multigeracional no consumo, buscando sempre uma conexão genuína. Ao reconhecer tanto as diferenças sutis quanto as convergências de motivações, as empresas podem aprimorar suas estratégias de desenvolvimento de produtos, comunicação e, o mais importante, a experiência completa que oferecem, a fim de proporcionar satisfação e lealdade para todas as faixas etárias.

Fontes: 

Mapeando gerações: o comportamento de consumo por faixa etária 

Guia Geracional – Às 6 gerações principais – WGSN

Pesquisa & estratégia – você sabia que o mercado da longevidade é o único que não

API SEBRAE 

SILVA, Wila Patrícia de Oliveira. Desenvolvimento Geracional: Um estudo sobre as gerações Baby Boomer, X, Y e Z e os conflitos existentes entre elas. Instituto Três Rios, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2022 

Social Media and Teens’ Mental Health: What Teens and Their Parents Say | Pew Research Center 

Autor(a): Maria Fernanda C. Ribeiro

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